Monotrilho aposta na rapidez de instalação
Um trem de alta capacidade de passageiros e de rápida implantação é no que aposta a Queiroz Galvão ao apresentar a proposta de monotrilho ao Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), lançado pelo governo do estado, que divulga na próxima segunda-feira, 20, qual das sete propostas apresentadas será a escolhida. Até lá, A TARDE publica uma série de matérias com informações sobre todos os sete projetos.
A Queiroz Galvão propõe 25 quilômetros de monotrilho, implantados até 2014 a um custo de R$ 2 bilhões, ligando o Acesso Norte ao Aeroporto, além de um braço entrando do Iguatemi à região da Pituba e Itaigara.
O monotrilho corre em elevado, em pilares a uma altura média de 36 metros. Por ser construído em vigas e pilares pré-moldados, o sistema ficaria pronto em 24 meses, incluindo o tempo necessário para os testes de operação dos trens. “É como se fosse um lego”, compara o engenheiro da empresa, Antônio Gobbo, durante a apresentação dos sete projetos ao Grupo de Trabalho do governo do estado, no último dia 7, no auditório da Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan).
Ter a proposta escolhida não significa que a empresa irá tocar o projeto. O governo do estado, após definir qual será a proposta executada, vai lançar uma licitação, onde podem concorrer inclusive empresas que não participaram da PMI. O governo também não precisa aproveitar 100% do projeto, e pode escolher apenas o que achar mais adequado.
Capacidade
O monotrilho roda sobre pneus, e é movido a eletricidade, como os metrôs. A diferença entre ele e um metrô é que o monotrilho corre sobre uma viga transversal, que o prende ao trajeto e reduz a quase nulas as chances de um descarrilamento, segundo explicou Gobbo durante a apresentação na Seplan. Já os metrôs necessitam de uma laje sobre a qual são assentados trilhos e dormentes.
Apesar de o monotrilho ser construído mais rápido que um metrô, segundo a Queiroz Galvão, ele possuiu uma menor capacidade de carregar passageiros. A capacidade máxima do monotrilho chega a 49 mil passageiros por hora, em um sentido da linha, nos momentos de pico. Já um metrô consegue levar de 50 mil a 80 mil, em média.
Uma das principais vantagens do monotrilho, ressaltadas pela Queiroz Galvão, seria seu baixo impacto ambiental e o pouco transtorno causado pelas obras. Com vigas a cada 30 metros, em média, e por ser em elevado, não será preciso obras de intervenção nos atuais retornos da Avenida Paralela. A via em elevado também possibilita que seja mantido o verde do canteiro central, sem impermeabilizar o solo.
A Queiroz Galvão propõe a concessão do sistema por 35 anos, já que a vida útil dos trens é de 30 a 40 anos, com uma contrapartida anual do estado de R$ 65 milhões.
Indicadores do sistema Monotrilho
Orçamento: R$ 2 bilhões
Gestão Parceria Público Privada (PPP)
Subsídio anual: R$ 65 milhões
Velocidade Média Comercial: 35 km/h
Tempo médio do usuário integrado: 38,5 minutos
Tempo Médio Embarcado: 25,3 minutos
Capacidade de transporte: 37 mil a 49 mil passageiros por hora
Paradas: 23 (primeira etapa)
Trajeto: 25 km de vias (primeira etapa)
Tarifa do usuário integrado: R$ 3,45 por passageiro
Custo total por passageiro: R$ 1,03
Composição básica tem capacidade para 825 passageiros