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A proposta apresentada pelo grupo Prado Valladares para o Sistema Integrado Metropolitano parece ter solucionado a dicotomia entre ônibus BRT e metrô, com um fator adicional que não consta dos outros sete projetos apresentados ao governo do estado para a Copa 2014: serão 41 quilômetros de ciclovias e passarelas em elevado, na mesma estrutura que transportará um ônibus BRT movido a energia elétrica e, futuramente, um metrô em monovia, que se move sobre uma viga ao invés de trilhos.
Dessa forma, o projeto permite ampliar a capacidade de passageiros sem a necessidade de novas obras de infraestrutura. Em 20 anos, quando o número de passageiros for superior à capacidade do BRT, a mesma estrutura pode receber duas linhas de metrô em monovia capazes de rodar nos 41 km do sistema.
Estão previstas 26 estações e 126 pontos de acesso a ciclistas e pedestres, além de 152 bicicletários, onde bicicletas poderão ser guardadas ou alugadas para rodar dentro do sistema. O custo do projeto é de R$ 2,6 bilhões, sem incluir os veículos (ônibus e trem), que ficariam a cargo da iniciativa privada que vencesse a concessão do sistema.
Este é um dos sete projetos apresentados para atender ao Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) que visa a implantação de um sistema de transportes para a capital baiana. As propostas estão sendo analisadas pelo governo do estado, que deverá se manifestar sobre o sistema a ser implantado no próximo dia 20. A partir da definição, será aberta licitação onde todos concorrem em igualdade de condições.
Passageiros
A progressão no modal de transporte de BRT (Trânsito Rápido por Ônibus, na sigla em inglês) para o metrô em monovia é sugerida entre os anos de 2022 e 2028, quando a demanda por transporte público na Avenida Paralela se aproxima dos 40 mil passageiros na hora de pico durante a manhã.
O motivo pelo qual o sistema proposto começa operando com ônibus BRT elétrico é porque a demanda de passageiros em 2014 não seria suficiente para um modal de alta capacidade, como o metrô, segundo explica o sócio-diretor da Prado Valladares, Lourenço Valladares.
A empresa projeta que em 2014 o novo sistema receberia 13 mil passageiros na hora de pico, apesar de haver uma demanda existente de 20 mil passageiros naquele trecho. “A diferença é porque a adesão a um novo sistema nunca se dá de forma imediata”, explica Valladares.
Os sistemas de metrô são indicados para um grande número de passageiros, pois, quando o sistema fica ocioso, os custos de operação aumentam. Porém, um sistema BRT possui uma capacidade máxima de 40 mil passageiros na hora de pico, o que, calcula a Prado Valladares, ocorreria por volta de 2030. Em 2039, seriam 51 mil passageiros.
Já uma linha de metrô em monovia tem capacidade máxima de 60 mil passageiros nas horas de pico. O projeto propõe que, quando houver a progressão, sejam feitas duas
linhas de metrô monovia, com a possibilidade de implantação de uma terceira.
Entenda a proposta da Prado Valladares
Orçamento: R$ 2,6 bilhões
Gestão Parceria Público- -Privada (PPP) patrocinada
Subsídio anual: R$ 38 milhões (2014)
Velocidade média na hora de pico: 37 km/h
Tempo médio embarcado: 19,5 minutos
Tempo médio de viagem do usuário integrado: 32,8 minutos
Capacidade máxima: 60 mil passageiros por hora
Paradas: 26 estações e 126 pontos de acesso a ciclovias e passarelas
Trajeto: 41 km
Tarifa Integrada: R$ 2,50