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Menor custo que possibilita a implantação de um sistema com abrangência maior para atender o prazo para a Copa de 2014. É o que aposta o consórcio formado pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador(Setps) e a Odebrecht ao apresentar o projeto de mobilidade urbana baseado no Bus Rapid Transit (BRT).
Este é um dos sete projetos apresentados para atender ao Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) que visa a implantação de um sistema de transportes para a capital baiana. As propostas estão sendo analisadas pelo governo do estado, que deverá se manifestar sobre o sistema a ser implantado no próximo dia 20. A partir da definição, será aberta licitação onde todos concorrem em igualdade de condições.
Expresso
Com custo de R$ 2,9 bilhões e com um total de 78 quilômetros de vias exclusivas, a proposta prevê implantação do sistema em duas fases. Até 2014, seriam aproximadamente 42 quilômetros de vias exclusivas a partir do aeroporto até a Estação da Lapa, com conexões nas localidades de São Rafael, Pituba e Calçada. “É o que chamamos de X estruturante, que nós propomos de imediato para desengessar o trânsito da cidade”, disse o superintendente do Setps, Horácio Brasil.
Para 2016, o projeto prevê a extensão do sistema até Portão, em Lauro de Freitas, e a interseção com as avenidas Dorival Caymmi, Orlando Gomes, Pinto de Aguiar, Gal Costa e a futura via 29 de março, num total de 36 quilômetros. Estão inclusos a construção de 151 estações, 26 terminais, 58 viadutos, 13 pontilhões, 10 túneis e 21 km de passarelas para atender o fluxo de veículos particulares. “Nossa proposta é fazer com que a Paralela volte a ser uma via expressa”, explicou Brasil.
Por meio de nota enviada à reportagem pela assessoria de imprensa, a Odebrecht informou que optou pela implantação do BRT por entender que “é uma solução que atende a demanda projetada para os próximos 25 anos (para este horizonte terá 80% de sua capacidade utilizada) e ter menores prazo e custo de implantação, podendo assim, atender quase toda a cidade com o mesmo valor de investimento para construção de 22 km (Aeroporto – Acesso Norte) para os modais metrô e monotrilho”, diz a nota.
A operação comercial proposta para o sistema é uma concessão de 25 anos, que inclui a operação do metrô atual. No entanto, o consórcio Odebrecht/Setps propõe que sejam feitas três concessões distintas, que podem ser ganhas por diferentes grupos: uma para a operação dos ônibus BRT, uma Parceria Público Privada (PPP) para as obras de intervenção urbana, e uma segunda PPP para a exploração comercial do metrô.
A exploração do sistema de ônibus BRT não necessitaria de subsídio do poder público, e até a aquisição dos veículos seria pela iniciativa privada.
Dados do Sistema BRT
Orçamento: R$ 2,9 bilhões
Gestão Parceria Público-Privada (PPP) e concessão comum
Subsídio Anual: R$ 59 milhões até 2014. Após 2014: R$ 99 milhões
Velocidade média Comercial: 30 km/h
Tempo médio do usuário integrado: 27 minutos
Tempo Médio embarcado: 10 minutos
Capacidade máxima: até 45 mil passageiros por hora
Paradas: 151
Trajeto: 42 km até 2014 e mais 36 km até 2016. Total de 78 quilômetros
Tarifa integrada: R$ 3,75
Custo/passageiros: R$ 2,24 (até 2014)